Endometriose e Infertilidade: Mais comum do que se imagina !

Endometriose é uma doença que acomete as mulheres na sua fase reprodutiva e que consiste na presença de endométrio em locais fora do útero. Endométrio é uma camada interna do útero que se descama a cada nova menstruação. Os locais mais comuns da endometriose são: ovários, fundo de saco, ligamentos uterinos (útero-sacro), trompas, intestino, reto, bexiga, ureter, e etc. Seus sintomas mais freqüentes são dor e infertilidade. Aproximadamente 20% das mulheres têm apenas dor, 60% têm dor e infertilidade e 20% apenas infertilidade. A dor da endometriose pode ser cólica menstrual intensa e progressiva, dor pélvico-abdominal, dor à relação sexual, dor ou dificuldade à evacuação na época das menstruações, sangramento ano-retal ocasional ou uma mistura destes sintomas.

Sua causa, ou melhor, suas possíveis causas ainda são temas de muita discussão e estudo atualmente. Há diversas teorias sobre as causas da endometriose. A principal delas é que, durante a menstruação, células do endométrio sejam enviadas pelas trompas para dentro do abdômen. Algumas mulheres que apresentam alguma predisposição para o aparecimento da doença poderão desenvolvê-la, seja por questões genéticas, hereditárias ou imunológicas.

Estima-se que 6 a 7 % das mulheres em fase reprodutiva sejam portadoras de endometriose. A suspeita diagnóstica de endometriose é feita através da coleta dos dados da história clínica da paciente, com atenção especial aos sintomas característicos da doença, exame físico e ginecológico.Complementa-se com a solicitação de exames mais específicos que muitas vezes poderão apontar para uma suspeita mais evidente, como:
Marcador tumoral CA-125;
USG transvaginal com preparo intestinal e dopplerfluxometria colorida;
RNM (Ressonância Nuclear Magnética);
Eco-colonoscopia; etc.

A Videolaparoscopia é um procedimento diagnóstico e cirúrgico simultaneamente, em que se pode ter a certeza do diagnóstico, através da visualização direta das lesões e da biópsia e seu respectivo exame anátomo-patológico.O tratamento da endometriose depende de seu grau de acometimento, desejo de futura gestação, intensidade de seus sintomas e disponibilidade de uso das diversas formas de tratamento. De uma forma geral, pode ser cirúrgico, medicamentoso ou ambos. Sempre estará pautado nas decisões do médico assistente. Existem casos que a cirurgia poderá propor melhores condições de vida e possibilitando em certas situações oportunidades de uma gravidez espontânea. Outros casos, isso não é possível, devendo o casal lançar mão da Fertilização Assistida. Há situações que a utilização de medicamentos é uma possibilidade. Poderão ser usados, de acordo com a orientação do médico especialista, medicação específica para o tratamento da endometriose (via oral ou injetável) contraceptivos, anti-inflamatórios não hormonais, utilização de endoceptivos (DIU medicados com progesterona) e outros que poderão dar o conforto que a mulher necessita.O objetivo do tratamento é proporcionar a mulher uma melhor qualidade de vida, diminuindo o máximo possível seus sintomas dolorosos e, para as que desejarem, uma vida reprodutiva com filhos.

Mioma Uterino: Do que se trata?

O mioma uterino é o mais frequente tumor benigno que acomete as mulheres na sua fase reprodutiva. É um tumor de origem do tecido muscular, por isso é muito comum no útero, uma vez que o mesmo é praticamente inteiro formado por fibras musculares. Também chamado de fibroma ou mais precisamente leiomioma uterino.

Pode apresentar-se de diversas formas e manifestações clínicas ocasionando desde a ausência de sintomas e ser descoberto num exame de rotina, até situações em que acarreta dor pélvica, dor na relação sexual, cólica menstrual e aumento do fluxo e duração da menstruação. Algumas mulheres podem apresentar quadros de anemia em decorrência ao sangramento menstrual excessivo. Sua sintomatologia varia de acordo com o tipo de mioma predominante, uma vez que a mulher pode apresentar apenas um nódulo isolado ou até vários.

Os miomas de acordo com sua localização podem ser chamados de serosos; subserosos; intramurais; submucosos ou mucosos.

Os miomas uterinos também estão associados à quadros de infertilidade, quando acometem a parte interna do útero (cavidade endometrial) ou ocasionam obstrução tubária.

O tratamento pode ser apenas observação com controle seriado pela ultrassonografia pélvica e transvaginal; pode ser cirúrgico com abordagem pela histeroscopia cirúrgica, pela videolaparoscopia ou pela cirurgia convencional; ou pode ser realizada em casos selecionados a embolização de miomas. Tudo depende do quadro clínico, tamanho, localização e desejo de prole futura.

Por isso faça a sua parte! Cuide-se!